O Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, anunciou na segunda-feira (09.10) a implementação de um “cerco total” à Faixa de Gaza, no terceiro dia da ofensiva conduzida pelo movimento Hamas a partir do território palestino contra Israel.

Gallant divulgou a medida em um vídeo, afirmando: “Estamos impondo um cerco total a Gaza”. Ele acrescentou que não há eletricidade, água ou gás disponíveis na região.

A Faixa de Gaza, densamente povoada e assolada pela pobreza, tem estado sob bloqueio israelense desde 2007, afetando cerca de 2,3 milhões de palestinos.

Alemanha suspende auxílio aos palestinos

A Alemanha anunciou a suspensão temporária do auxílio ao desenvolvimento para os territórios palestinos, em resposta ao ataque surpresa do Hamas contra Israel, que resultou em mais de 700 mortes e milhares de feridos.

O Ministério do Desenvolvimento alemão informou que os projetos de cooperação no valor de cerca de 125 milhões de euros não serão financiados de imediato, mas esclareceu que isso não significa seu encerramento definitivo. A ajuda humanitária, com um orçamento de 73 milhões de euros para este ano, não foi afetada.

UE convoca reunião de emergência

Os ministros das Relações Exteriores dos 27 países da União Europeia (UE) convocaram uma reunião de emergência devido ao agravamento do conflito entre Israel e Palestina.

A reunião, convocada pelo alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, ocorrerá parcialmente em Muscat, capital de Omã, onde Borrell está atualmente participando do Conselho de Cooperação UE-Golfo.

Dinheiro da UE não financia o Hamas

A União Europeia negou que o dinheiro destinado à população palestina esteja sendo usado para financiar o Hamas. O porta-voz da Comissão Europeia para os Negócios Estrangeiros, Eric Mamer, enfatizou que a UE não financia direta ou indiretamente o grupo, que está na lista de organizações terroristas da UE.

Ele também destacou que Israel tem o direito de se defender de acordo com o direito internacional, mas enfatizou a necessidade de retornar às negociações para evitar o agravamento das tensões.

Irã nega envolvimento no ataque do Hamas

O Irã rejeitou as acusações de envolvimento no ataque do Hamas contra Israel. O porta-voz da diplomacia iraniana, Nasser Kanani, afirmou que tais acusações têm motivações políticas e que o Irã não interfere nas decisões de outras nações, incluindo a Palestina.

O presidente iraniano, Ebrahim Raissi, pediu o apoio dos governos muçulmanos em resposta ao ataque do Hamas, destacando as estreitas relações do Irã com o movimento e com a Jihad Islâmica.

Irã rejeita acusações de envolvimento

O Irã, em resposta às acusações sobre seu suposto envolvimento no ataque do Hamas a Israel, negou veementemente qualquer participação. O porta-voz da diplomacia iraniana, Nasser Kanani, alegou que tais acusações têm motivações políticas e enfatizou que o Irã não interfere nas decisões de outras nações, incluindo a Palestina.

No entanto, as notícias veiculadas pelo Wall Street Journal sugeriram o possível envolvimento do Irã nos planos do ataque a Israel. O presidente iraniano, Ebrahim Raissi, apelou aos “governos muçulmanos” para expressarem apoio ao Hamas em resposta ao ataque, destacando as estreitas relações do Irã com o movimento e com a Jihad Islâmica. O Irã foi um dos primeiros países a saudar a ofensiva do Hamas, lançada no sábado (07.10).

A situação permanece tensa na região, com as nações e organizações internacionais buscando soluções para conter o conflito em curso entre Israel e o movimento palestino. A reunião de emergência dos ministros das Relações Exteriores da União Europeia destaca a preocupação global com a escalada das hostilidades e a necessidade urgente de buscar uma resolução para o conflito.

A comunidade internacional continua a acompanhar de perto a escalada do conflito entre Israel e o movimento palestino, enquanto busca maneiras de aliviar as tensões e buscar uma solução para a situação. A reunião de emergência convocada pelos ministros das Relações Exteriores da União Europeia destaca a preocupação global com a crise e a necessidade urgente de encontrar uma resolução pacífica.

Enquanto isso, o bloqueio total à Faixa de Gaza imposto por Israel aumenta ainda mais a pressão sobre a população palestina, que já enfrenta dificuldades de acesso a eletricidade, água e gás. A suspensão temporária da ajuda alemã aos territórios palestinos agrava a situação humanitária na região.

O Irã, apesar de negar envolvimento no ataque do Hamas, continua sendo um ator chave nesse contexto, mantendo relações próximas com o Hamas e a Jihad Islâmica. As alegações de financiamento iraniano ao ataque lançado pelo Hamas geram preocupações adicionais sobre a dinâmica regional.

Nesse cenário volátil, a esperança é que os esforços diplomáticos e internacionais possam levar as partes envolvidas a retornarem à mesa de negociações e ao diálogo, a fim de evitar um agravamento das tensões e uma escalada do conflito que só resultaria em mais sofrimento para ambas as populações envolvidas.

Por: content_author: Lusa